segunda-feira, 20 de abril de 2015

Relatório anual da IFPI revela indústria da música se adaptando aos novos tempos


Seguindo a linha de meios alternativos de combate à pirataria, o relatório anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, em inglês), publicado em 14 de abril, contém dados de extrema relevância nesse aspecto. Talvez o mais relevante seja que pela primeira vez na história a renda provinda da venda de música em formato digital equiparou-se à de mídia física.

O relatório demonstra uma indústria em contínua transição, assim afirma a nota de imprensa da IFPI, de modo que cada vez mais consumidores aderem ao modelo de streaming para escutar suas músicas. Desse modo, o modelo de assinatura (praticado por Spotify ou Deezer, por exemplo) já representa 23% do mercado digital e gera US$ 1.6 bilhão em renda. Além do mais a previsão de crescimento é alta, tendo em vista que se espera a entrada de novos serviços do gênero no mercado como o Youtube Music Key, o TIDAL do rapper americano Jay-Z e o serviço de assinatura da Apple, ainda sem nome definido.

A notícia do crescimento do modelo de assinatura e do uso do Streaming é recebida com alegria por dois motivos. Por um lado revela que a indústria musical está finalmente se adaptando aos novos tempos e percebendo que para combater a pirataria é necessário prover um serviço melhor que ela; por outro lado revela que o consumidor está disposto a pagar para consumir por conteúdo digital, desde que de boa qualidade. Isso confirma dois dos "postulados" de Gabe Newell, já relatados nesse Blog.

Enquanto isso a indústria cinematográfica ainda parece remar na contra-mão, com a HBO probindo donos de bares de exibir suas séries e ameaçando cancelar a inscrição de consumidores pagantes de seu serviço de streaming e a produtora do filme Dallas Buyers Club buscando identificar os responsáveis pelo download ilegal de seu filme para uso privado.

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